9.6.09

Alternativo/a!?!? - in Blitz

Partido Pirata já tem lugar no Parlamento Europeu

Força política que se preocupa com os direitos de quem faz downloads obteve, na Suécia, 7,1% dos votos, nas eleições europeias deste fim-de-semana.



O Partido Pirata, uma força política da Suécia, ganhou este fim-de-semana um lugar no Parlamento Europeu, ao obter 7,1% dos votos dos suecos nas eleições europeias.

Formado em 2006, o Partido Pirata defende a reforma das leis que regulam os direitos de autor e as patentes, bem como o reforço do direito à privacidade, quer na internet quer no quotidiano "off line".

Apesar do nome semelhante, o Partido Pirata não é uma "extensão" do site de download gratuito de música e outros conteúdos, o Pirate Bay, cujos mentores foram recentemente condenados a um ano de prisão.

Contudo, esse caso contribuiu para o aumento da popularidade do Partido Pirata, que em poucos dias após o anúncio desse veredicto se tornou o terceiro partido com mais membros na Suécia.


Partido Pirata já tem lugar no Parlamento Europeu -
A bandeira do Partido Pirata, da Suécia


À Reuters, o principal candidato do Partido Pirata, Christian Engstrom, exultou: "Isto é fantástico e mostra que há muitas pessoas para quem a integridade pessoal é importante e que se preocupam com lidar com a internet e a nova sociedade de informação da forma mais correcta".

"Temos muita força entre [os eleitores] com menos de 30 anos. São eles que percebem melhor o novo mundo. E acabam de mostrar que não gostam da forma como os grandes partidos lidam com estes temas", afirmou Christian Engstrom.

"Vamos usar todo nosso poder para defender a integridade pessoal e os nossos direitos civis", completou o detentor do lugar do Partido Pirata no Parlamento Europeu.

Citado pela imprensa internacional, o líder do Partido Pirata, Rick Falkvinge, afirmou que este resultado é uma vitória dos jovens ligados às novas tecnologias.

"Juntos, mudámos hoje o cenário da política europeia. Pouco a pouco, os políticos mais velhos destruíram o estilo de vida dos mais jovens. Nós não aceitamos a vigilância em massa das autoridades", disse ainda Rick Falkvinge.

Se o Tratado de Lisboa entrar em vigor, o Partido Pirata poderá ter dois, e não apenas um eurodeputado no Parlamento Europeu.
Site do Partido Pirata

4 comentários:

Telma disse...

Assistimos ao fim das ideologias?! ou fortalecemos a ideologia da governance? queremos mais sociedade civil ou queremos mais cidadania? agora nao tenho muita disponibilidade, mas quero ter este debate de ideias contigo e com quem estiver interessado. somos ou nao parte activa deste mundo? temos de o provar entao!!!beijinhos

El Che disse...

De facto colocas questões muito pertinentes. Não creio que estejamos a assistir ao final das ideologias, há isso sim, uma mutação destas, e o surgimento de outras. No fundo as coisas ainda se mantêm na mesma, mas penso que o "Povo" terá cada vez mais responsabilidade e mais importância nos dias futuros. Cabe ao "Povo" decidir se quer ou não assumir essa responsabilidade. Penso que este está cada vez mais farto dos mesmos de sempre, quer mudança, e o tempo urge......

Telma disse...

Não me parece que o tempo urja. A necessidade é que nos faz sentir urgência. A expansão de ONG's que resultam da participação de indivíduos com forte capacidade crítica e informada e que não possuem o vínculo estatal reultam num crescendo de participação da sociedade civil na tomada de decisoes. A multilateralidade que os tempos exigem depende do objectivo de vida que se tem. e parece-me que esse objectivo cada vez mais global, dado que já vamos no segundo momento da globalização, não é mais que o desejo defendido por Kant da paz perpétua. agora pergunto: até que ponto estamos dispostos a ceder da nossa soberania e da nossa individualidade para dar força a este projecto multilateral que nos desafia? a uniao europeia parece-me constituir um bom exemplo.

Telma disse...

Não me parece que o tempo urja. A necessidade é que nos faz sentir urgência. A expansão de ONG's que resultam da participação de indivíduos com forte capacidade crítica e informada e que não possuem o vínculo estatal reultam num crescendo de participação da sociedade civil na tomada de decisoes. A multilateralidade que os tempos exigem depende do objectivo de vida que se tem. e parece-me que esse objectivo cada vez mais global, dado que já vamos no segundo momento da globalização, não é mais que o desejo defendido por Kant da paz perpétua. agora pergunto: até que ponto estamos dispostos a ceder da nossa soberania e da nossa individualidade para dar força a este projecto multilateral que nos desafia? a uniao europeia parece-me constituir um bom exemplo.