10.12.07

Queda do império norte americano?


As consequências da invasão e ocupação do Iraque provocaram na elite do poder americano uma crise ainda mais profunda do que a causada há trinta anos pela derrota no Vietname. O desacordo publicamente expremido por uma meia dúzia de generais na reforma sobre a condução da guerra (nunca antes visto!), veio juntar-se  às divergências no interior das agências de infomação e no Departamento de Estado, mostrando uma tendência mais forte que abrange importantes sectores da elite e as principais instituições do Estado. Estas críticas elitistas incidem mais sobre aspectos de  gestão e condução da guerra, do que propriamente sobre os motivos das mesmas (como é claro!). O desacordo deve-se ao facto de que esta guerra destruiu e destrói o exécito americano, comprometendo a legitimidade dos EUA no que toca a moldar as preferências mundiais e de definir a ordem do dia do planeta.
Os sinais da presumivel queda do império norte americano são visíveis: na América Latina a sua influência nunca foi tão fraca como agora; na Ásia Oriental tiveram que baixar o cuzinho à Coreia do Norte; no Golfo Pérsico aliados como a Arábia Saudita perseguem objectivos regionais nem sempre coincidentes com os norte americanos; na Europa onde o projecto de instalar escudos antimísseis é contestada pela Alemanha e por outros países da união. É evidente que a opinião pública mundial não acaboa com as guerras (infelizmente), mas o seu peso faz-se sentir nas relações internacionais.  ( http://people-press.org).
Uma vez que a ordem precisa de um centro dominante, para manter a ordem é preciso perpetuar a hegemonia. Esta crença serve de base à politica externa americana desde que o país emergiu da Segunda Guerra Mundial na condição de centro vital ocidental do sistema mundial. Desde aí que a elite do poder americana considera que ocupar o topo do mundo é um facto natural. A hegemonia, tal como o ar que se respira, tornou-se um modo de ser, uma maneira de viver, um estado de espírito.
Esta prepotência do governo norte americano é que os torna tão "amigáveis" e tão "queridos" aos olhos da opinião mundial, será provavelmente muito difícil ao governo norte americano manter este império. Será que virá outro império? Chinês, indiano? Cá estaremos para ver. Ou não....

5 comentários:

Anónimo disse...

experiência 1....2

João disse...

ok..a experiência resultou!!

Indo directamente ao assunto, sem passar pela casa de partida e sem receber 1000escudos..

Os E.U.A que se cuidem...sendo ateu, remeto ao provérbio de que "Deus escreve direito por linhas tortas". Assim sendo, os E.U.A estão a perder a credibilidade que detêm quase desde sempre na História da Humanidade...além de nas entrelinhas ou não, lá estarem com canhões e armas e tropas e estratégias militares obscuras e obscenamente perversas no que diz respeito à manutenção e garantia do mais básico Direito Humano e que vem, nos primeiros artigos, ou mesmo primeiro artigo da DUDH (Direito à Vida), não têm a inteligência necessária para perceber que um povo para além de se afirmar das várias formas possíveis (E.U.A através da militarização), é necessário também inteligência e humildade para reconhecer as limitações ou capacidades desse mesmo povo...como diz a minha mãe, quem não pode, arreia...os E.U.A que arreiem...já deram o que tinham a dar...e ditadores, cito George Bush, porque não são chamados ao banco dos réus por directa, ou indirectamente serem responsáveis por milhares de crimes relacionados com a guerra propriamente dita, guerra manipuladora de consciências e opiniões...aaaa pois é bébé..novas potências emergem nesta era de globalização..novos países saem da toca enquanto os E.U.A se distraiam com o alcance do petróleo em países árabes e afins..sim, Bush tremeu quando o Irão se chegou à frente..."nós estamos na vanguarda do armamento nuclear..."..aposto que nesse dia nem dormiu e talvez tenha pensado...é leca, temos que ter cuidado...depois envia chefes da diplomacia para promover o diálogo...penso que novas guerras virão, novos mundos surgirão, novas ideologias renascerão enquanto outros menos estiverem à espera

Anónimo disse...

O pior é que essa queda do império que se avizinha deixa vislumbrar uma possível Grande Guerra. Será???? É prova que o Homem não aprende com os erros....e então os americanos......

El Che

"Roy Simon" disse...

Pois, as grandes guerras foram grandes pelos milhares que morreram e foram contabilizados? E estas pequenas guerrilhas que, sem nos darmos conta, somam e somam mortes? arrastam-se durante anos, mudam de país, rodam pelo leste e por áfrica mas sempre comandados pelos mesmos? será que se se iniciasse uma "grande guerra" iremos dar conta? ou ela decorre já nas entrelinhas?

Anónimo disse...

Roy, essa guerra decorre sim senhor, concordo contigo. E é Grande porque morrem milhares de pessoas e outros tantos são deslocados das suas terras , sendo forçados a viver em condições desumanas. Só não é considerada Grande Guerra Mundial porque não há uma formalização da mesma. Dão-se desculpas de que é uma "guerra" contra o terrorismo, em busca de armas de destruição maciça, para deitar um ditador abaixo, etc...
Bem, se calhar a verdade é que há um grande receio em combater essas injustiças mundiais. E isto porquê? A meu ver pura e simplesmente pelos lobbies que existem, económicos, políticos, enfim, de quem tem mais poder!



El Che